quinta-feira, 29 de julho de 2010

Divagar

O rubor dos lábios contrasta com o alvo macio da pele e a cor é de um rosa pulsante pintado pelas uvas de alguma safra desconhecida, mas que tomam todo o pensamento e os reflexos de forma avassaladora e deliciosa. Que pena tenho daqueles que guiam sem planar neste plano de idéias infindas e amores inesperados. Bebo a eles, em homenagem aos que se perderam em pensamentos e elucubrações no caminho da vida. Que nada mais vale senão for experimentada de todas as formas, texturas, proporções.. Ah! Quanto tempo no ar, quantas tardes perdidas e absurdos transpirados. O belo nem sempre é o certo – e o que é certo senão a sua escolha de vida? O ideal atingido combina com a certeza de alcançá-lo assim como o belo está para a função que exerce sobre quem o observa. Certo e errado se complementam. precisam existir na mesma pessoa para que ela faça sentido. Sentir implica em existir e a negação do sentimento, seja ele qual for, é apenas uma subjetividade imaginária que pretende retardar a verdade. Escolho afirmar, afirmo que desejo, desejo amar mais e sem amarras. Racionalizar aciona o não-sentir. Sinto que devo parar agora ou corro o risco de me contradizer. Escolho parar, paro pra pensar, penso dormindo.


*Foto de Fabio Issao

Um comentário:

  1. Me perdi nesse labirinto! Cada vez mais afinada com o que mais humano em cada um! Parabéns!

    ResponderExcluir