terça-feira, 19 de julho de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

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Hoje quero passar o dia escrevendo. Palavras, frases inteiras, signos sem nexo, porquês do avesso, é o que quero! Sem resposta, continuo a digitar e o som das letras me alimenta. Ouço as mesmas músicas, torno a ver as fotos, lembro das risadas, ando na rua e num lapso sinto seu cheiro, mas nada como as palavras. Elas me levam até você - percorrem distâncias inimagináveis e acariciam seu rosto e olham nos seus olhos e deitam ao seu lado... elas velam seu sono. E eu, que sonho acordada desde o primeiro dia, te encontro no poema – me dispo inteira em algumas linhas. Na sua presença me desalinho.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Outono

Alva cor na tez

Cinza verde mel

Lilás alaranjado céu

Chão manoelês

Mil parangolés

Postais esperam aos seus pés

Fruta aberta boca

Rubro cálice como

Celeste azul de outono

Samba no quintal de lá

Rouba luar, te dá

Negra paz deitada

Gosto de sim, goiaba

(Ele ama... ele ama é ela... ele ama ela)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Aberta a ferida

Perdoe meus atos impensados

Insensatos desejos que movem um corpo

O outro é chama de grandes labaredas

Nele acendo a vela do nosso desenlace

Ah, se eu pudesse lhe diria

Nua e crua, a verdade

Despiria minha imagem

Esta que arde longe dos seus olhos

O doce fel de antolhos

Luz de um céu cingido

Emoldura a foto manchada

Felicidade contida

Liberdade calada

Ilusão - duas vidas