“Mas na voz que canta tudo ainda arde
Tudo é perda, tudo quer buscar. Cadê?” Caetano Veloso
Soberana e intocável
Ela vigia a cidade e seus amores
Desenha a roda e não dança
Embala os cantadores
Em silêncio
Luz fria e branca
Canta
Canta a voz que tudo cala
Escurece os olhares
Reflete o brilho na asa
E cega a si mesma
Adormece no vazio
Voz de faca
Despedaça na partida
Arrependida.