quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Escrita II

Quantas sobras incompletas de sentido. Reunidas, seriam o todo? Mas qual é o sentido do conjunto de incoerências? O mosaico de quase-pensamentos completa qual ideia no diário desenfreado de palavras? Não sei se escrevo para alguém. Também desconheço quem possa compreender o que pretendo com este ato.

Escrevo-me em cada palavra. Não tenho medo dela (a palavra). Presa ou livre, deixo que venha sem pejo. Sendo o desejo nada mais que a natureza do sentido. Gosto mesmo é de folhear meu bloco de palavras. São tão bonitas, todas elas juntas, uma atrás da outra, em cima, embaixo, longa ou crua. Pra que entender uma arte tão singular que por si só é bela? Às vezes penso que escrevo para vê-las depois. Uma vontade de preencher o vazio – este que fica menor a cada instante que arredondo as linhas e desenho letras distintas, isoladas ou unidas. Este que é envolvido pelas formas mais estranhas e ao mesmo tempo confortadoras. Este transformado em ponte entre as pessoas. Por mim as palavras nem precisariam ter sentido... elas já são.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

II Festival da ARPUB

Uma ótima notícia:

Passei com duas músicas no II Festival da ARPUB e vocês podem ouvi-las a partir de hoje na programação das Rádios MEC (800 AM) e Nacional (1130 AM) ou no site www.radiomec.com.br/2festival/

VOTE:

*Sofro, Sim! (Gabi Buarque)
voz - Gabi Buarque
violão e arranjo - Miguel Martins
baixo acústico - Rodrigo Ferreira
clarineta - Joana Queiroz

*Vento (Gabi Buarque)
voz - Gabi Buarque
violão, percussão e arranjo - Miguel Martins
flauta em G - Ana Carolina D'Ávila

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Escrita I

O tormento do vazio me come por dentro

Fere a estima me olha de cima

Cega a palavra mais cara

Amarra o verbo morto

Escuro imenso oco

Afia o corte seco

Cospe e devasta

Sem norte ou medo

Destrói toda sorte

Fonte disforme

Sopro de fome

Fomento do nada

terça-feira, 7 de setembro de 2010

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In tolerância

Over dose

Fit o

In veja

Out ono

In ferno

Ruin a