segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A fantasia

Palavras surdas profetizam o medo

Algoz das frustrações de outrora e do porvir

Movimento cego de ódio e pleno de mágoa

Nódoas espalhadas num corpo dolorido de vida

Peso teu, agora no outro

Vã ilusão de esvaziar

Na balança viciada, a culpa

No peito agonizam as lembranças

Lanças te fincam a pele

Crosta imóvel per-dura

Qual sorriso congelado

No rosto alvo do palhaço

3 comentários:

  1. O negócio é o seguinte dona Gabriela...Tu lê Clarice desde o berçario né, confessa?!!! Me senti na última frase rsrs ai ai...Impossivel não conectar com o que se vive!

    p.s. é sempre bom e inspirador passar por aqui para tomar nota da vida!

    p.s. 2 humm Já te disseram que teus textos são muito apegados as "imagens", muito cinematográficos!

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  2. Adélia, minha flor! só li seu comentário agora. Adoro suas palavras e posso dizer que as imagens são mto importantes pra minha escrita sim e Clarice foi e sempre será uma grande inspiração :)

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