quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A equilibrista

Acho que o não, por vezes, é um presente e tudo o que se sente, depois de estar ausente, parece mais intenso. A imagem desfocada ganha nitidez e um brilho embriagador no vazio. Os lugares esquecidos, agora coloridos, me fazem companhia nas manhãs. Já é dia? Sonho acordada pelos raios de Sol, como naquela noite vislumbrei outro corpo no lençol. Mas o que será, e o que seria de mim não fosse aquele dia? Juro que não penso muito nisso. Sigo no caminho que escolhi. Aliás, quantos foram? Não decidi. Em um fio desencapado sapateia, em estado de graça, a minha vida.


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