
As horas não mais me pertencem. Elas passam por mim, lambem meu rosto gritando à minha inércia. Daqui só vejo uma imagem – sombras de imagens são imaginação de um tempo dentro desse que criei. Entrelaço o fio da vida a um emaranhado de sonhos. Às vezes encontro a saída e noutras, outras, novas, mais vidas. Seus olhos, duas rodas que cercaram meu corpo e nunca mais me libertei. Os círculos engolidores de estórias. Mastigaram, um a um, os números dos meus dias. Uma, duas... três voltas na chave e nem mais uma dúvida. Nem mais uma dívida. Ou dádiva. Agora sou apenas eu. Eu e minha bicicleta (ainda na caixa).
bom te encontrar aqui. escreve uma carta?
ResponderExcluirGostei muito deste texto. Tem algo de novo no estilo...
ResponderExcluiracho que tem algo de novo na vida mesmo..
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