quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Escrita I

O tormento do vazio me come por dentro

Fere a estima me olha de cima

Cega a palavra mais cara

Amarra o verbo morto

Escuro imenso oco

Afia o corte seco

Cospe e devasta

Sem norte ou medo

Destrói toda sorte

Fonte disforme

Sopro de fome

Fomento do nada

5 comentários:

  1. Gabi, identificação total...rsrs.
    Um beijão!
    Fernanda

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  2. Gabi, esse texto-poema é bárbaro por ser muuiito bom e por que eu consegui lê-lo "disformemente" embaralhando os versos!

    p.s. as vezes fico sem ar e isso é muito bom!

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  3. A letra está pronta. Está faltando a melodia.
    PS. O Almir disse : Tô dentro.
    Bjs. Mamãe

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  4. Só deve ser lido por inteiro... num só gole... todo sentido está no "todo" que finaliza esse gosto de "vazio" que fica no final.

    Obrigada pela bela homenagem a um registro (foto ao lado) tão querida... A poesia é a única legenda que aprecio numa fotografia.

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