quinta-feira, 17 de maio de 2012

De volta


Passo apressado finge não sentir o frio que atravessa a meia e molha os pés. Não lembro de clima parecido no Rio.

Sentido contrário é o meu destino. Brigam corpo e vento na dança enviesada.

Cansada, sento num café e espero o som agudo passar, como os carros. Seco na vitrine acompanhada de açúcar e virtuais afetos.

Restam apenas os rios de chão quando abro o encurvador de chuva e desenho o caminho de volta pra casa.                                          

 

                                

4 comentários:

  1. Bom de ler, quentinho. Poesia que encurta o frio.

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  2. Obrigada, querida Gabi Buarque , por publicar meu desenho aqui. Fico muito contente .E , também, seu poema " De volta" é lindo. Acho que me identifico com as palavras que você escolheu para falar do frio, dos afetos...Abraço grande!

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  3. Leila, eu que fico muito feliz com essa troca nossa. Alimento pra alma! Bjos

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