quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

"Eu sou só, eu só, eu só, eu"

“Mas na voz que canta tudo ainda arde

Tudo é perda, tudo quer buscar. Cadê?” Caetano Veloso


Soberana e intocável

Ela vigia a cidade e seus amores

Desenha a roda e não dança

Embala os cantadores

Em silêncio

Luz fria e branca

Canta

Canta a voz que tudo cala

Escurece os olhares

Reflete o brilho na asa

E cega a si mesma

Adormece no vazio

Voz de faca

Despedaça na partida

Arrependida.

Um comentário:

  1. Engraçado... a música que introduz... eu amo... e sempre pensei que fosse "tudo é perda, tudo quer buscar: caber". rs
    Lindo poema Gabi.

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