terça-feira, 17 de março de 2009

Frida Khalo

Las dos Fridas (1939)

Sangue, tesoura, pintura, corte, amor, paixão, mulher, homem, morte. Frida me comove com sua pluralidade e gestos naturais, de uma natureza desconhecida hoje em dia, tamanho é o estranhamento criado sob nós mesmos.
Revolução impressa, sofrimento pintado e alegria vivida ao lado de sua arte. Ela nunca esteve só, visto que o pensamento ocupa espaços e a criatividade põe em xeque a solidão – não querendo substituí-la de maneira alguma, mas exaltá-la!
A força é recortada pela leveza e a morte nunca foi tão colorida. Estrangeira pele vermelha e verde com cheiro apimentado das cordas a soar no quintal florido.
Frida Khalo exprime o que há de mais profundo no sentir – o viver. Ao mesmo tempo em que explora o surrealismo com pinceladas factuais de abismos infindos. Bebe o calor de sua terra, representando na arte a beleza cruel de sua vida.
Texturas quebradiças envolvem-na como um manto de sentidos... cheiros, sabores, toques – essências de Frida.

Inspirado no filme de Julie Taymor,"Frida" (2002).

8 comentários:

  1. maravilhoso post...aliás, Frida, ela por si, é tudo! Quanto ao filme, minha amiga...lindo, até quis tê-lo pra sempre...comprei pra ver muitas vezes!! boa dica.

    grande beijo, linda!

    ResponderExcluir
  2. Fiquei impressionada com a versatilidade dela. E como vivia com tamanha intensidade passada em sua arte de forma visceral. Lindos, o filme e Frida! :)

    ResponderExcluir
  3. Frida foi fantástica! Há um documentário lindíssimo,"Diego Rivera, a Revolução do Olhar" cuja última cena é assim: uma carta de Frida sobre Diego é lida, e, discordando de Pessoa, não tem nada de ridícula, é poesia lindíssima!
    Abraços

    ResponderExcluir
  4. que legal.. nem sabia! Vou procurar este documentário.. e a carta! beijão e obrigada pela visita!

    ResponderExcluir
  5. ... essa mulher é demais, adoro! Vi o filme , amei mais ainda !
    Teus posts estão ótimos, volto!
    Abraço Gabriela! :)

    ResponderExcluir
  6. Obrigada, Gisele! Volte sempre! ;) bjão

    ResponderExcluir
  7. Estive observando o quadro com detalhes. Ela e sua sombra. Mas qual delas é a sombra? A mulher efeitada (e sufocada)pelo estilo europeu ou a mulher mexicana (livre) com suas roupas coloridas? Qual delas está se transformando na outra? Olha o que a Frida faz com gente: ela propõe essa escolha do que desajamos para ela. Qual delas deve viver é nossa decisão.

    ResponderExcluir
  8. interessante sua observação! As duas são uma só.. imagino que a colorida seja o desejo dela, vibrante. E a engessada, de roupas antigas, uma realidade difícil de viver, mas que nem por isso deixou de retratar.

    ResponderExcluir