E
ela gritou
Ecoou
no seu corpo o som que ninguém mais ouviu.
Ainda
sinto a vibração do antes me engolindo por dentro.
O
vazio encheu o peito e transbordou as lágrimas represadas.
Primeiras
em muito, desde não lembro como chorava tanto.
Brado
pranto calado tempo demais, ais de mim.
Cantou
novamente
Fechada
a cortina, despe a outra.
Limpa
o rosto e caminha com o silêncio.
Deixa
pelo chão a marcação da noite.
Volta
ao espelho
Espero
por ninguém
Volto
para mim
Desperta
outro alguém
Vai
e vem
sem
fim
sem
toque
sem
zelo
Desespero.
Ela
se ouviu
Eu
acordei.
Palhacinhos na gangorra, de Portinari |
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