quinta-feira, 17 de maio de 2012

De volta


Passo apressado finge não sentir o frio que atravessa a meia e molha os pés. Não lembro de clima parecido no Rio.

Sentido contrário é o meu destino. Brigam corpo e vento na dança enviesada.

Cansada, sento num café e espero o som agudo passar, como os carros. Seco na vitrine acompanhada de açúcar e virtuais afetos.

Restam apenas os rios de chão quando abro o encurvador de chuva e desenho o caminho de volta pra casa.